Monkeypox: Sintomas, Transmissão e Como se Proteger

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A Varíola dos Macacos, também conhecida como Monkeypox, é uma doença viral que tem gerado dúvidas e preocupações. Vamos esclarecer o que realmente se sabe sobre essa infecção, como ocorre a transmissão e as melhores formas de prevenção.

O Que é a Varíola dos Macacos?

A Varíola dos Macacos é causada pelo vírus Monkeypox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. O nome surgiu após a doença ter sido identificada pela primeira vez em macacos em 1958, mas é importante destacar que esses primatas não são os principais reservatórios do vírus. Trata-se de uma doença zoonótica, ou seja, pode ser transmitida de animais para humanos.

O Macaco é a Principal Fonte de Contágio?

Apesar do nome, os primatas não humanos não são os principais reservatórios do vírus. Portanto, não é necessário, nem justificado, qualquer tipo de ataque a macacos ou outros animais silvestres. Vale lembrar que maltratar animais é crime previsto em lei.

Principais Sintomas da Varíola dos Macacos

Nos primeiros dias de infecção, os sintomas incluem:

  • Febre
  • Fraqueza
  • Dor no corpo
  • Calafrios
  • Dor de cabeça

A partir do 4º dia, podem surgir:

  • Aumento dos linfonodos do pescoço (unilateral ou bilateral)
  • Lesões na pele, que podem aparecer na face, membros, tronco ou região genital

Essas lesões duram de 4 a 24 dias. Em alguns casos, podem surgir lesões em mucosas como conjuntiva, oral, anal e genital. Um detalhe importante é que, em alguns indivíduos, as lesões cutâneas aparecem antes dos sintomas iniciais.

Como Acontece a Transmissão da Monkeypox?

O período de incubação do vírus Monkeypox varia de 5 a 21 dias. A transmissão pode ocorrer de duas formas:

Animal para Humano:

  • Contato direto com lesões, arranhões, mordidas ou mucosas
  • Consumo de carnes exóticas cruas

Humano para Humano:

  • Contato direto com lesões ou saliva
  • Contato com superfícies, roupas, ou utensílios contaminados

A transmissão é possível durante toda a fase das lesões cutâneas. Após o desaparecimento das lesões, o risco de contaminação cessa.

Como é Feito o Diagnóstico?

O diagnóstico é realizado por meio de avaliação médica dos sintomas clínicos e confirmação através de exames laboratoriais das lesões.

O Que Fazer em Caso de Suspeita?

Caso apresente sintomas da doença, procure imediatamente um médico. A Safe Care recomenda o uso de serviços de telemedicina do seu plano de saúde para evitar exposição de outras pessoas ao vírus.

Qual é o Tratamento?

Os sintomas geralmente desaparecem sozinhos, sem necessidade de tratamento específico. No entanto, o médico pode prescrever medicamentos para alívio dos sintomas.

Preciso Ficar em Isolamento?

Sim. Após o diagnóstico, o isolamento deve ser mantido até o desaparecimento completo das lesões, o que pode levar de 14 a 28 dias. O isolamento é fundamental para evitar a transmissão da doença.

Cuidados Durante o Isolamento:

  • Mantenha as lesões secas e limpas.
  • Evite coçar as lesões para prevenir infecções secundárias.
  • Cubra as lesões ao entrar em contato com outras pessoas.
  • Use máscaras.
  • Não compartilhe utensílios domésticos e de higiene pessoal.
  • Lave roupas de cama e vestimentas separadamente, com água e sabão.

Como Prevenir a Contaminação?

Para reduzir o risco de contágio, limite o contato com pessoas suspeitas ou confirmadas com Monkeypox. Caso precise ter contato físico, incentive a pessoa infectada a se auto-isolar e cobrir as lesões de pele. Use máscara e luvas descartáveis ao manusear roupas ou objetos pessoais do doente. Lave as mãos regularmente com água e sabão ou desinfetante à base de álcool.

A Monkeypox é uma Doença Sexualmente Transmissível?

A Monkeypox pode ser transmitida através de contato físico próximo, incluindo contato sexual, mas não está restrita a pessoas sexualmente ativas ou a homens que fazem sexo com homens. O contato direto com lesões de pele durante a atividade sexual pode espalhar o vírus. Portanto, o estigma de atrelar a doença apenas à população LGBTQI+ é inadequado e discriminatório.

Grupos de Risco

  • Recém-nascidos, crianças e pessoas com deficiências imunológicas
  • Gestantes, transplantados, portadores de HIV sem terapia retroviral
  • Profissionais de saúde

Gestantes: A Monkeypox Passa para o Bebê via Placenta?

Até o momento, não há casos confirmados de transmissão transplacentária. Se estiver grávida e com suspeita da doença, entre em contato com seu obstetra.

Amamentação: A Doença Pode Ser Transmitida via Leite Materno?

Ainda não se sabe se há transmissão via leite materno. Em caso de suspeita, consulte o pediatra para avaliar opções seguras de nutrição para o bebê.

Existe Vacina Contra a Monkeypox?

Existem vacinas desenvolvidas para a varíola que podem oferecer alguma proteção contra a Monkeypox. No entanto, desde a erradicação da varíola em 1980, essas vacinas não estão amplamente disponíveis. Em alguns países, a vacinação pode estar disponível em quantidades limitadas para grupos prioritários.

Conclusão

A varíola dos macacos é uma doença que exige atenção, mas com a informação correta e medidas preventivas, você pode se proteger e proteger aqueles ao seu redor. Mantenha-se informado e cuide da sua saúde com a Safe Care.

Fontes:

  • OMS
  • Ministério da Saúde
  • Programa Saúde Ativa